segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Discurso de inicio dos trabalhos para 2016

Tem sido muito dificultosa nossa estrada até aqui, apesar do nosso discurso nonsense e de nossa posição sempre com brincadeiras sempre tem um regulo ou um desentendimento e até mesmo uma falta de respeito conosco na maioria das vezes. Outras pessoas teriam desistido, mas agente continua, a gente não pára, mas vem acontecendo com a gente o mesmo que aconteceu com vários artistas daqui, que é um reconhecimento maior lá fora. 

Nosso posicionamento sempre foi ficar e tentar trabalhar aqui, sendo uma alternativa independente. Sempre pensamos em movimento, em usar a criatividade para tornar a nossa cena digna e sustentável; um artista de rock é muito mais caro que um de pagode ou hip hop por exemplo, são equipamentos mais caros e uma logística maior para shows e apresentações. As bandas migram por que investem no sonho de viver de música e aqui é foda isso acontecer, no nosso caso a música não é a fonte principal de renda e assim dizendo sobra uma gordura para a gente ficar e tentar posicionar a cena de uma maneira existencial. 

Infelizmente aqui nós vivemos na idade média do underground, a galera tá muito mais preocupada em manter esteriótipos que nem reforçam nada do que investir numa unidade criativa e solidária as nossas perspectivas. Essa babaquice de Punk, Metal, New Metal, Pop..... Essas punhetas mal definidas mais afastam que agrupam. Basta saber que todo mundo é rock porra! Talvez por isso infelizmente aqui uma bandinha cover é mais valorizada por produtores Zé Bundinha do que uma autoral. 

Nós somos autorais e nossos esforços pela cena autoral ultrapassam o limite do tolerável, mergulhamos de cabeça nessa bandeira investindo alto e não é que não tenham resultados, eles existem mais essa é uma época de ser radical, as bandas tem por obrigação serem radicais e usar de pedagogia com seus públicos procurando uma valorização da música local, da arte local em geral pois somente com essa adesão poderemos sobreviver as tempéries que nos afligem e tornam a grande maioria de bandas como a nossa em propostas passageiras, de meninos mimados. poucas bandas como a gente têm mais de 10 anos, basta parar para ver, chega de brincar, vamos a luta!

                                        Georgiano de Castro.
                                            GOOD GARDEN PRODUÇÕES.